O Corinthians enfrenta uma nova crise financeira. O clube descumpriu um acordo firmado com o empresário Beto Rappa, resultando em um pedido de bloqueio de R$ 11,5 milhões das contas do clube ou a penhora de suas receitas. O valor é referente à dívida pela compra do atacante paraguaio Ángel Romero, realizada em 2014.

Acordo Descumprido e Consequências

Em janeiro deste ano, o Corinthians comprometeu-se a pagar R$ 13,1 milhões a Beto Rappa, divididos em 22 parcelas, para quitar a dívida pela aquisição dos direitos de Romero. No entanto, o clube não efetuou os pagamentos das parcelas de abril, maio e junho, violando a cláusula contratual que prevê o vencimento antecipado de todas as parcelas restantes, além de multa de 10% e correção monetária.

Pedido de Bloqueio e Penhora

Devido ao atraso, a defesa de Beto Rappa solicita o bloqueio de R$ 11,5 milhões das contas do Corinthians. Caso o saldo não esteja disponível, o empresário quer que sejam penhoradas receitas que o clube tem a receber de parceiros comerciais, como a Liga Forte União, a CBF, a Federação Paulista de Futebol e a Globo.

Origem da Dívida

A dívida começou em 2014, quando Beto Rappa emprestou dinheiro ao Corinthians para a contratação de Romero. Inicialmente, o clube deveria pagar R$ 6,6 milhões, mas o valor aumentou devido à valorização do dólar, multas e correções monetárias. Até agora, o clube pagou cerca de R$ 9,3 milhões ao empresário.

Histórico de Renegociações

O Corinthians e Beto Rappa renegociaram a dívida várias vezes. O primeiro prazo para quitação era agosto de 2017, mas foi estendido duas vezes. Em 2019, a dívida já era de R$ 11,2 milhões, e o clube parcelou o valor em 12 parcelas. Em 2021, a dívida foi renegociada novamente para R$ 13,4 milhões. Desde julho de 2021, o clube vinha pagando as parcelas, mas interrompeu os pagamentos em março do ano passado, resultando em nova cobrança judicial.

Gestão e Implicações

Ao longo dessa novela financeira, o Corinthians teve cinco presidentes diferentes: Mário Gobbi, Roberto de Andrade, Andrés Sanchez, Duilio Monteiro Alves e, desde o início deste ano, Augusto Melo. A gestão do clube terá que enfrentar mais esse desafio financeiro e buscar uma solução para regularizar a situação com Beto Rappa e evitar maiores sanções.

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