Na quinta-feira, um dia após o empate de 1 a 1 entre Corinthians e Cuiabá, um grupo de torcedores do Corinthians protagonizou um episódio tenso ao invadir o Centro de Treinamento Joaquim Grava e a sede social no Parque São Jorge. A invasão teve como objetivo protestar contra os recentes maus resultados do time e a situação crítica na tabela do Brasileirão, onde o clube se encontra na zona de rebaixamento.

José Edgar revela detalhes sobre a invasão ao CT do Corinthians | Voz do Setorista

Detalhes da Invasão e Conflitos

Invasão ao CT Joaquim Grava

Na primeira ação, os torcedores invadiram o CT Joaquim Grava cortando uma cerca que divide o CT da base do espaço dos profissionais. Os invasores não encontraram jogadores ou membros da comissão técnica, que estavam de folga. Segundo relatos, os torcedores dispararam fogos e rojões e deixaram claro que “acabou a paz”, segundo informações da ESPN.

Invasão ao Parque São Jorge

Após a invasão ao CT, os torcedores seguiram para o Parque São Jorge. Eles conseguiram acessar o quinto andar do prédio administrativo, onde fica a sala do presidente Augusto Melo. Durante a invasão, vidros foram quebrados e houve relatos de ameaças a funcionários e diretores, incluindo o presidente do Conselho do Corinthians, Romeu Tuma Júnior. Além disso, os invasores danificaram catracas e câmeras de segurança na entrada do edifício.

Torcedores do Corinthians invadem o Parque São Jorge para protestar contra má fase

A Polícia Militar e a Civil foram acionadas e, ao chegarem ao local, pediram que os sócios evacuassem a piscina e outras áreas do clube. A Tropa de Choque também foi mobilizada para garantir a segurança e conter os ânimos exaltados.

Reação e Declarações das Autoridades

César Saad, delegado titular da Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (DRADE), deu uma entrevista na porta do Parque São Jorge, explicando que os torcedores estavam cobrando melhorias no time e mais contratações. Saad destacou que, na semana anterior, havia ocorrido um protesto pacífico no qual as demandas foram discutidas, mas que a invasão desta quinta-feira foi surpresa e resultou em tumulto.

“Hoje, de surpresa, invadiram o CT para conversar com os atletas, que não estavam, e por conta disso vieram na sede social. Invadiram o clube, infelizmente teve um momento mais turbulento, início de confusão, mas a gente conseguiu chegar e conversar com os ânimos controlados. Estamos indo para a delegacia registrar a ocorrência como invasão ao clube, isso não pode acontecer,” afirmou Saad.

Delegado explica invasão de torcedores do Corinthians: “Querem contratações”

Nota Oficial do Corinthians

Em resposta aos eventos, o Corinthians divulgou uma nota oficial repudiando os atos de violência e vandalismo. A nota detalha os acontecimentos e expressa gratidão pelo rápido apoio das forças de segurança:

“Na tarde desta quinta-feira (27), torcedores invadiram o CT Dr. Joaquim Grava e a Sede Social do Clube, no Parque São Jorge para protestar contra os últimos resultados da equipe principal masculina de futebol do Corinthians.

No CT, a invasão foi feita com um corte em uma das grades e houve disparos de fogos e rojões. Os atletas e comissão técnica estavam de folga, portanto, não viram o protesto. Os membros da torcida foram contidos pela equipe de segurança.

Em seguida, estes mesmos se dirigiram ao Parque São Jorge, invadiram pela portaria principal e pelo estacionamento, após isso quebraram os trincos das portas do andar onde fica a sala da presidência.

O ato não foi pacífico, como em outras vezes, apesar de ninguém ter se machucado.

A Polícia Militar foi acionada quando os indivíduos estavam na Sede Social e, além de controlar a situação, deram todo o suporte ao Corinthians.

Também estiveram presentes as Autoridades Policiais do Distrito da área e da DRADE, que registraram boletim de ocorrência a respeito dos fatos.

O Clube agradece aos policiais militares da 5ª Companhia do 8º Batalhão da Polícia Militar, à Força Tática também do 8º Batalhão, à equipe de Patrulhamento do Choque, além dos delegados, investigadores e escrivães da Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (DRADE) e do 52 DP.

Por sempre ter estabelecido um diálogo aberto e idôneo com todas as torcidas organizadas do clube, a diretoria repudia veementemente os atos de hoje. A cobrança pacífica sempre terá a compreensão de todos, mas invasões e ameaças são lamentáveis, independentemente de qualquer coisa.”

Implicações e Consequências

Este episódio evidenciou a grave crise que o Corinthians enfrenta, tanto em termos esportivos quanto administrativos. A invasão não só expôs a insatisfação dos torcedores com o desempenho do time, mas também a pressão intensa sobre a diretoria para encontrar soluções rápidas e eficazes para os problemas do clube.

A resposta das autoridades e da diretoria do clube destaca a necessidade de medidas mais rigorosas de segurança e de um diálogo contínuo e construtivo com as torcidas organizadas. A repercussão do evento pode levar a mudanças significativas na maneira como o clube administra a relação com seus torcedores e na estratégia para superar a atual crise.

Viaturas da Polícia Militar vão ao Parque São Jorge após invasão da torcida do Corinthians

Conclusão

O Corinthians está em um momento crítico, enfrentando desafios tanto dentro quanto fora de campo. A invasão ao Parque São Jorge e ao CT Joaquim Grava reflete a urgência por respostas e ações concretas para melhorar a situação do clube. A diretoria, sob a liderança de Augusto Melo, precisará tomar medidas decisivas para garantir a estabilidade e a recuperação do clube, ao mesmo tempo em que mantém um diálogo aberto e seguro com seus torcedores.

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